sexta-feira, 4 de janeiro de 2008

O que acontece quando Deus erra?

Este é meu primeiro texto em Blog, o qual fiz em agradecimento a algumas pessoas amigas, desconhecidas também e tudo tendo acontecido por causa da morte de um irmão dessas pessoas.

"Talvez venha a ser título de um livro: O que acontece quando Deus erra?

Pois é, nos deparamos com esse emaranhado de teias, nas quais não sabemos quando; por que; onde; ou com quem; iremos conviver de alguma maneira. Mesmo que seja, por até um pequeno lapso de tempo, mas terá sido o suficiente e necessário para que haja um elo de ligação... com certeza não só para ajudar, mas muito mais – sem que se perceba – para ser ajudado a si próprio. É por isso, que muitas, e muitas vezes nós buscamos respostas para o porque de certos acontecimentos, algumas rápidas passagens por aqui, idas repentinas..., e ficamos a querermos nos conformar – sem compreender – que era uma pessoa tão boa, alegre, amiga, simples, humilde, bom pai, bom filho, bom irmão...

Cada um de nós aqui presente, antes de se conhecer, provavelmente, não tinha nenhuma possibilidade de algum dia se encontrar! Por que será então, que tivemos que nos encontrarmos?... Qual ligação existe entre nós? – Essa teia não fui eu quem programei!

Às vezes, não conseguimos enxergar a importância que tem no universo – um grão de areia – somente quando o temos dentro do olho... ai sim, parece uma enorme pedra. Se observarmos, as pedras são formadas por uma infinidade de grãos de areia.

Não me lembro de ter conhecido o Renato, antes de sua partida. Porém, a semente que ele deixou, talvez sem perceber, foi de alegria, humildade, amor, caridade, amizade, simplicidade e muito mais. Foi essa semente, que começou a germinar, nos corações... primeiro de seus próximos, depois pelos próximos de seus familiares, e assim sucessivamente. Lembremos, das plantas – que também são “natureza” que têm que morrer para germinar. As pessoas também são “natureza”. E foi por isso que, com ajuda comum de cada um de nós, conseguimos levar a frente a idéia de ajudarmos uns aos outros, mesmo que tenha sido por pouco tempo. Mas, até nesse curto período de tempo, foi evidente, que pessoas puderam ser ajudadas, pessoas sentiram-se um pouco menos desamparadas, pessoas participaram mais, ajudando uns aos outros. Tudo isso, sem saber a quem! Essa ajuda comum... – lembram-se da teia?... – foi também recebida de outras pessoas, que nem conhecíamos, mas que também puderam contribuir desde antes do início dessa auto-ajuda, quer com visitas de entidades ou por simples pessoas com o intuito de nos fornecer informações ou procedimentos a serem seguidos.

Cada uma dessas pessoas, cada um de nós, foi importante, e continua a ser, pois, a vida germinou, a vida continua, a vida precisa ser vivida, a vida precisa de vida, a vida..., o querer viver..., encontra uma maneira de poder viver, fazer viver, e é por isso que nós cruzamos nossos caminhos. Para nos ajudarmos a ajudar os outros. Isso, os outros, precisam ainda de muita ajuda, mas foi gratificante enquanto pudemos ajudar mais e mais pessoas a se sentirem mais “vivas”.

"Cada criança que nasce, representa que Deus ainda não perdeu a esperança nos homens!" E nós todos somos a prova real disso!
Então, a todos vocês que fazem parte dessa “teia”, meu muito obrigado do fundo de meu coração. E para AQUELE que criou essa “teia” meu MUITO OBRIGADO, por eu fazer parte dela."

Um comentário:

LC Costa disse...
Este comentário foi removido pelo autor.